Thursday, December 14, 2006

Semana 12 - ECS 11

Reflexão sobre o texto "DESIGUALDADES EDUCATIVAS ESTRUTURAIS NO BRASIL: ENTRE ESTADO, PRIVATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO

Este texto nos faz refletir sobre a realidade educacional brasileira. Faz uma breve retrospectiva sobre a educação clerical ( religiosa ) que gradativamente passou ao controle do Estado nas escolas públicas.
Reflete muito sobre a diferença entre o ensino público e o privado do nosso país. Confirma o que já é muito sabido: as escolas particulares têm mais condições estruturais e pedagógicas, conseqüentemente preparam melhor seus alunos, que têm maiores condições de conseguirem uma vaga nas universidades públicas. Penso que aí está uma grande contradição do Sistema Educacional Brasileiro: são justamente os alunos da rede privada que têm mais condições de entrar nas Universidades Federais por estarem melhor preparados. O ensino público deveria ser, à princípio, para a população mais carente. No entanto sabemos que a elite ( bem preparada e que não precisa trabalhar para pagar os estudos ) é que consegue estas vagas.
O texto também fala que as categorias que poderiam lutar pela valorizaçãodo ensino público colocam seus filhos nas escolas particulares. Aí encaixei munha realidade: meu marido e eu sempre nos esforçamos muito para que nossos filhos estudassem todo ensino fundamental numa escola privada luterana.
Sempre lutei muito com minha categoria pela valorização da escola pública e da classe docente, mas sempre pensei que gostaria de preservar meus filhos de tantas mudanças esquisitas no Sistema Educacional, da falta de recursos, estrutura, recursos humanos e qualidade pelas quais o ensino público é constantemente abalado. Sempre procuramos dar uma formação que os preparassem bem para encontrar boas oportunidades. Já quando minha filha decidiu ser professora fizemos questão que ela cursasse o Curso Normal numa escola estadual, por considerarmos o melhor curso da cidade. Penso que quando optamos por ensino privado para nossos filhos é porque conhecemos bem a realidade educacional e queremos o melhor para eles.
Passeando pelo site da SEC vi muitos projetos que são feitos. Acho louvável o Alfabetiza Rio Grande que procura meios de acabar com o analfabetismo em conjunto com a União e os Municípios.
Já o Projeto Escola em Tempo Integral é fora da realidade, visto que as escolas nem recebem recursos suficientes para manterem a estrutura como é, assim como não possuem recursos humanos e pedagógicos suficientes que permitam manter a criança na escola o dia inteiro.
Hoje visitei um laboratório de informática de uma escola municipal de São Leopoldo e vi o trabalho maravilhoso que é feito lá. Percebi a grande disparidade entre a rede estadual ( que sobrevive graças ao empenho da comunidade e corpo docente) da qual faço parte e o esforço para que as escolas municipais acompanhem o desenvolvimento tecnológico e tenham uma estrutura adequada.
O que mais entristece é que nós, professores atuantes nas escolas, somos os menos consultados sobre as políticas educacionais impostas. Cada governo imprime suas marcas sem consultar aqueles que estão vivenciando a cada dia as dificuldades e sucessos deste sistema e que muito poderiam colaborar para que o ensino progredisse em todas as esferas do nosso país, diminuindo a distância entre a teoria e a prática.

1 Comments:

Blogger Suzana Gutierrez said...

Oi Leila

O texto te ajudou a compreender melhor e até a visualizar algumas das contradições que ficam encobertas no nosso sistema educacional.
Apontaste bem uma série destas contradições. Espero que o grupo possa ter construído uma síntese boa sobre as leituras efetuadas.

abraço,
Suzana

11:25 AM  

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